setembro 13, 2015

Dieta das pedras


(tem outras dicas legais, olha lá)

O autor do site chama de jarros motivacionais. Gosto mais do meu nome.
Já separei duas vasilhas iguais e umas pedras coloridas lindas que estavam esquecidas numa peça da sala.
Na vasilha cabem 30 pedras certinho e como elas são coloridas, fiz uma escala de cores. Em baixo as brancas ou transparentes, subindo vem as rosas, depois as verdes mais claras e por cima as mais escuras. 
A idéia é à medida que for perdendo, passar de um jarro pro outro. E com as cores fica meio que passando da cor escura (o mal) para a cor branca (redenção).
Padronizei. Cada pedra valem 100g.
Pesei hoje e acho que vou pesar terça. Uma semana é muito tempo pra esperar. Não acho bom demorar muito pra me pesar (e ver que perdi muitos quilooooooooos). Quero passar logo essas pedras pra outra jarra. Também não quero pesar todo dia pra não sofrer com eventuais aumentos causados por flutuações que não querem dizer que engordei.
Então pronto, a jarra equivale a 3kg.
E depois vem a recompensa. Vou pensar em algo.
Não pera. E perder peso, ganhar saude blablabla não é recompensa?
Sim baby, mas no momento preciso de algo bem tangível para ser recompensada.


Quero atropelar a gaivota

Que gaivota sua louca?
Essa daí de cima ou essa daqui de baixo.
Eu tava exatamente esmagando ela da última vez em que introduzi um peso nessa barrinha que esqueci o nome.
Hoje criei coragem hercúlea (parabéns), me pesei, e aí está. Essa beleza.


93,8kg
Na verdade é justo.
Comi, comi e comi. Já não tava legal com o negócio da lombalgia, os efeitos colaterais da arcoxia e o sedentarismo forçado. Não esquecendo também do antidepressivo que faltou.
Somando-se a isso tudo aí, a boca nervosa não parou. Muito salgadinho, chocolate, pão de queijo e brigadeiro.
Meu corpo apenas fez o seu trabalho. Metabolizou o que eu dei a ele.
Bom, não adianta ficar de mimimi.
Hoje é domingo, pede cachimbo. E vamos que vamos.
Esbarrei essa semana com esse link. Achei legal. E resolvi fazer o #15, que batizei de Dieta das Pedras.

E eu fui na academia?

Yes, I did!
O instrutor ficou meio decepcionado porque eu só queria fazer a bike. Ele dizendo que tinha ´um mundo´de opções que ele estava me oferecendo (e eu doida pra poder me esbaldar nessas opções) e eu dizendo que ´não, obrigada, depois´.
Fiz então a bike, sem carga, só 20 minutinhos e bem lento. Acho até que vi uma lesma passar por mim, rindo da minha cara.
Meus joelhos reclamaram muito. Queimavam que era uma beleza. Não os musculos, lá dentro nas articulações. O lado bom é que estavam silenciosos. Nenhum barulhinho, estalinho, nada.
Tentei de todo jeito corrigir postura e configuração da bike mas continuou queimando. Não era insuportável dai insisti.
Em casa gelo, gelo, brigadeiro (!), gelo, gelo nos joelhos.
Sim, fiz brigadeiro.
Oh Lord! Desliga essa gula em mim.
O duro é que comida tem sido quase que minha única fonte de prazer. Difícil ficar sem nada.
Daí comi, fazer o que? Pelo menos saboreei o danado (tava otimo, com canela..), e deixei render por muitas horas (não devorei de  vez). Posso dizer que foi um avanço, sim, depois de dias comendo tão desregrada.
Voltando aos joelhos, o engraçado é que o esquerdo (normalmente o pior) nem tava reclamando muito não. Mas o direito....... ai ai ai.
E fiquei nessa de gelo, melhora a queimação (ah que bom), volta a queimação (bosta), gelo, até o dia seguinte. Acordei bem, que otimo, vou malhar. Mas foi surgindo dor, piorando, piorando...resolvi me poupar.
De noite fui na fisio, fez umas manobras e fiquei de no dia seguinte fazer menos bike e um pouco de esteira.
Fiquei com medo. Juro.
Medo de não dar certo, de me lesionar, de ficar mais distante do meu sonho de ter disponibilidade corporal pra fazer tudo que eu quiser.
Bom, continuei no gelo. Frequente mesmo. Disciplina de monge.
Na sexta, um pouquinho antes de ir na academia, mais gelo.
Chegando lá, fiz 10min de bike, mais lento ainda, queimou na mesma intensidade. Depois 10min de esteira, só o direito queimou. Em casa mais gelo, e de lá pra cá queima, pára, queima, pára...
Mas deixa  falar da esteira. Estou eu lá, suuuuper feliz de ir pra esteira. Daquelas bem largas, bacanudas, macias. Me sentindo voltando a uma vida normal.
Ligo, ela se arrasta, eu subo, e a lesma dá tchau pra mim.
Aumento um pouco a velocidade 2,5km/h, observando os joelhos e, agora também a lombar, não esqueçamos.
Tudo bem, ok. Vou aumentando, 3km/h. Yes! Show.
Feliz feliz.
Fiz uns 2 min pra aquecer, só o direito queimando um pouco.
Arrisquei um 3,3km/h e decidi que praquele dia estava bom (118bpm, sim, condicionamento de um tronco de arvore).
Então, lá estou eu, na minha incrível velocidade de 3,3km/h, feliz e contente, pensando que aos poucos eu vou aumentar a velocidade, o tempo e que sim, tudo vai dar certo.
E eis que começam a chegar umas meninas. Shortinho, blusinha, magrinhas, headphone, a cara da saúde. Sobem nas esteiras, inclusive uma do meu lado. Começam a aquecer..
E aí chega um bombadão. A alça da camiseta parecia um fio dental e o buraco do suvaco ia até a cintura. A figura já sobe na esteira correndo. Aqueles caras da perna fina estilo picolé.
Em poucos minutos o som das esteiras VUP VUP VUP VUP VUP VUP, a galera correndo, a lesma rindo da minha cara e eu ali, com cara de tacho, me sentindo a verruga do nariz da mosca.
Deviam achar que eu tava em recuperação de cirurgia no joelho ou pé ou coluna, ou então, um problema no coração.. Sei lá. Ou então que minha dermatologista é funcionária da Nasa e só pareço ter 37 mas na verdade tenho 92.
E aquele VUP VUP VUP VUP, que agonia. Foi me dando uma angústia. Me sentindo como uma velhinha acabada me arrastando a 3,3km/h. Doeu em mim. Tentei isolar aquilo da mente e decidi só malhar nos horários dos velhinhos. Pra não sofrer tanto com as comparações que a minha mente cruel faz.
Bom, terminei meus 10 min de esteira, alonguei, desci e nem olhei pra cara de ninguém. Provavelmente todos estavam muito mais ocupados com suas vidas. Cuidando dos seus, nem tão verdes, jardins.
Peguei minha chave. A recepcionista, essa sim, com uma cara de ´ué ja vai?´.
Vim pra casa, gelo, gelo, gelo.
Sábado, caí do cavalo porque achei que lá estaria aberto à tarde. Antigamente abria sábado todo e domingo de manhã. Será que mudou por causa da violência?
Resultado, não fui.
Segunda vou de novo, ver a lesma rir da minha cara.

setembro 09, 2015

How to restart?

Quanto tempo faz que estou enrolando pra vir aqui nesse refugio?
Ensaiei tantas e tantas vezes voltar. Escrevi muitos posts na minha mente ( já era, esqueci). Senti falta. Pensei em deletar o blog. Sentimentos confusos.
E, aqui estou, once more me perguntando porque eu sumo?? Por que ? Por que?
Cheguei a esquecer a senha, no kidding.
Primeira coisa, que já nem é necessário falar, é que deprimi mais uma vez. Ou, melhor dizendo, altos e baixos. Comecei com altos, me sentindo bem, produtiva, sem tempo ou saco de analisar muita coisa. Daí, em algum lugar do caminho me perdi. Desci a ladeira, falta de planos, difícil de sair da cama, cuidar da casa, de mim.. Mais do mesmo.
Uma coisa que pensei hoje me surpreendeu. Quando resolvi escrever aqui, em 2012, não estava  muito preocupada sobre conteúdo ou forma dos posts, nem com público, agradar, desagradar, opiniões alheias. Era mais um desabafo, uma forma de arrumar os pensamentos. Mas hoje me peguei pensando que satisfação eu daria a vocês quando voltasse.
Sério!
Não acho isso bom, porque desvirtua o bem que esse blog faz a mim. Claro, obvio e evidente que se com minha experiência e meu jeito torto de contar as coisas, eu puder ajudar, excelente. Mas não é esse meu motivo maior. Antes de ajudar alguém, eu preciso ajudar a mim, right?
E nisso eu fico todas as noites pensando que amanhã quando sair da cama, aquela garra e força de filme americano vão chegar. Tudo vai ser diferente. Meus planos (pequenos que sejam) vão ser possíveis. Vou cumprir metas, seguir minhas tabelas, riscar itens das minhas listas.
E às vezes até funciona mesmo. Saio da cama, por cima de pau e pedra, me esforço, tomo meus remédios, passo meu protetor solar (novidade duramente incorporada à rotina), peso e anoto minhas comidas, tomo a cota de água, até que em algum momento (geralmente de tarde), fica difícil não comer besteiras, e me vejo desistindo, e pensando que ´amanhã eu recomeço´.
Comer besteiras me causou uma forte dor de estomago no ultimo fim de semana. Que feriadão legal. Deitada, me torcendo de dor e culpa, compressa morna na barriga, vários remédios, esperando (!) o corpo desfazer a besteira que eu fiz, e no backgroung disso tudo, querendo comer uma panela de sagu... Shame on me.
Mas a culpa é minha mesmo. Deixei meu antidepressivo acabar sem ter reposição. E nessa brincadeira foram quase duas semanas sem tomar nada. Ou seja, saiu qualquer traço de medicação do meu organismo. Muito bonito mocinha. Mas pensando bem, esse ´esquecimento´ de comprar remédio reserva já era sintoma de outras coisas que não iam bem. A falta do remédio não foi a origem do problema.
Em pensar que não faz muito tempo ( dois meses?) eu estava com 88,7kg, planejando fazer escleroterapia, tendo ido pra dermato depois de séculos ( receita com 13 itens, orçados em R$1200), cabelo em dias, unhas feitas, comendo super direitinho... Aí veio uma crise terrível de lombar. A pior, ever. Literalmente de cama por 15 dias. Só levantava pra andar um pouco pela casa e, mais nada. Sentar, nem pensar. E tome Diclofenaco, Alginac, compressa morna, alongamento, massagem. Até que não teve jeito: Arcoxia. Por 8 dias.
Preciso falar do inchaço? Do mal estar? Da tontura? Fui a 92kg em poucos dias, A pele tipo, rachava, sabe? Minha pressao subiu (130x90). Chorava. chorava, chorava..
E porque essa crise? Basicamente, esse negocio de ir e vir, viajando, me tirou da regularidade dos exercícios. Minhas hernias desestabilizaram e deu no que deu.

(pausa para reflexão)

Tá vendo como aqui eu arrumo a cabeça? Mereço 4 cascudos quando me pegar enrolando pra vir aqui. Há semanas tou quebrando a mufa pra entender e achar soluções. Só achava culpa, lamentação e agora me parece tão claro.
Parei os exercícios => coluna reclamou => deitada fiquei deprimida e ansiosa => engordei
E além de engordar, o que vem junto: dor no corpo, piora do bruxismo, baixa auto estima, procrastinação, isolamento, mau humor, sem animo pra estudar blablabla
Daí, tentar sacudir a poeira (uma tonelada) e levantar (uns 92kg, eu acho, sem coragem de me pesar).
 Voltei ao pilates, sendo que antes fiz escala em algumas sessões de RPG. Pilates esse, bem lento, light, gradualmente retomando. A sorte é que existe uma memória corporal ou muscular, e não está tão lento como imaginei, apesar de não tão rápido como eu gostaria.
Dieta, ate agora, nada. Super inchada, não mais pela Arcoxia, e sim por méritos proprios. Pernas pesadas, com a pele pinicando (alguem sente isso?). Rosto inchado. Olheiras fundas. Dormindo mal.
E não tem nada de bom? Tem sim senhor!
A coluna tá quaaaaaase estável. Quase sem dor. Sem irradiação. E melhor ainda, os temidos joelhos até que não se comportaram tão mal assim nesse episódio todo. Tanto é que minha fisio me liberou pra academia, apenas bike, com mil recomendações.
A academia também, foi todo  um processo. Há três semanas estava ansiosíssima para ser liberada pra fazer bike. Atividade aeróbica, endorfina, ajudar a emagrecer, sair de casa, melhorar a auto-estima. Aí, eu com esse pique todo, fui liberada e.. corri pra academia!
Mentira, enrolei.
Enrolei, enrolei, enrolei. Até que semana passada eu finalmente...liguei pra saber o preço..
Aí, eu fui me matricular!
Mentira, enrolei mais um pouco.
Enrolei, enrolei, enrolei..
Até que ontem...enrolei!
Não, mentira. Fui me matricular, mas, não comecei ainda.
O plano era ir hoje de manhã. Já são 13h. A manhã já acabou... Já já vou pro pilates e o plano agora é ir na bike após o pilates.. Vamos ver.
Aí me vem uma única pergunta:

PORQUE EU SOU ASSIM???!!!