agosto 21, 2014

Olha, olha, olha, olha a água mineral


  • Boca muito seca quando acordo
  • Olhos secos durante o dia
  • Pele visivelmente ressecada
  • Olheiras
  • Urina concentrada
  • Vertebras desidratadas na ressonância da coluna
Isso tudo diz algo?
Não faço idéia de quanta água eu tomo por dia. Sei que é pouca. Não costumo ter sede e gosto de coisas salgadas. Numa mesa de festinha de crianças, nem ligo pros docinhos. Não sou de comer frutas. Não estou tomando sucos no momento. Tenho uma tendência fortíssima à retenção de líquidos (que saudade da drenagem..) Não sei como não fico com infecção urinária ou pedras nos rins.
Obrigada anjo da guarda!





Fazia tempo que eu tava com a idéia de investir na parte da água.
Mas.... seguindo a minha meta de uma coisa de cada vez... uma coisa de cada vez!





 Fala sério que você notou a garrafinha


Aí eu vi a reportagem de uma mulher, Sara Smith, que tinha dores de cabeça e outras coisitas, foi num neurologista, e o tratamento foi: água! Quer dizer, ela tomava pouquíssima água durante o dia (eu, né?) e quando passou a tomar 3 litros por dia, os sintomas passaram, melhorou o hálito, as olheiras, se sentiu menos inchada, mais disposta, mais saudável e ainda percebeu melhora na pele (ver fotos abaixo).
Os benefícios da água são inegáveis, porém subestimados. Pelo menos é o que percebo por aí (principalmente eu). Mas, se ela é a ´fonte da vida´porque somos assim? Questões profundas demais para minha pequena mente.
O fato é que sempre que vamos no médico, pra qualquer doença, ele diz: ´beba muita água´. Não é mesmo? Deve fazer sentido então.



Não vou dizer que é a solução pro câncer, pro envelhecimento, pros meteoros que ameaçam a Terra e blá blá blá. Claro que não foi só a água. Ela fez também ioga e cuidados reais com a pele. Além de que, somos um mobile, quando uma coisa muda, outras mudam também. A própria decisão de se cuidar já gerou várias mudanças subjetivas e objetivas.












Olha o efeito dela após 4 semanas:



Legal dessa foto é que não tem muita diferença de luz, nem de distância da câmera, nem o antes acabada e séria, e o depois produzida e sorrindo. Uma foto mais honesta.
Mas enfim, eu tinha visto essa reportagem, guardei, me programei, amadureci a idéia, e agora vou por esse ponto.

Primeiro passo: Medir quanto de água tomo atualmente
Segundo passo: Estabelecer uma meta diária
Terceiro passo: Seguir a meta por um período (a definir)
Quarto passo: Observar as mudanças nesse período
Quinto passo: Redefinir meta diária e manter

Em algum momento eu vou diminuir o sal. Como já disse aqui, minha tentação é salgadinho. Aqueles de pacote mesmo. Cheetos, Fandangos, Doritos, Yokitos.... Adoro. Troco fácil fácil por uma refeição. E não abri mão deles não. Dei um jeito de encaixar no meu IDH de 1800kcal/dia e tou levando.
Uma coisa de cada vez, certo?
Mas, eu que não sou boba nem nada, quando vou no mercado procuro sempre escolher os produtos com menos sódio. Pelo menos isso né?
Política de redução de danos.



agosto 18, 2014

Recalculando rota


Quando algo que muda nossa vida, nossa rotina, por menor que seja, acontece, às vezes é muito difícil se reorganizar.
Não tou falando necessariamente de grandes problemas ou pequenas tragédias.
Tudo é mutável, mas parece que a gente se agarra num modelo ou num ideal e fica tentando enfiar a realidade nesse modelo de qualquer jeito.
* O namorado era todo amores e com o passar do tempo, cai na rotina (insistimos em cobrar o todo-amores sem ver as qualidades da nova fase)
* Os filhos cresceram, saíram de casa (a mãe insiste em achar que são crianças dependentes)
* O peso de antes era menor, tipo 70kg, a pessoa engorda 30kg (fica com 100kg) e quer que o corpo responda do jeito de 70kg (sofrimento pelas limitações)
* Na dieta, a pessoa se pesa e perdeu  ´só´ 3kg. Ahhhh mas eu era magra! Buáaaa (não aceita que isso é passado)

Quando você está com um GPS, erra uma entrada, ou, não necessariamente erra, mas entra numa rua que a voz da mulherzinha não indicou, ela diz ´recalculando rota´. Ok, o que vc faz?

1 - recalcula sua rota, e se encaixa na nova realidade?
ou
2 - insiste em seguir as orientações do caminho de antes, porém no percurso atual (por cima de canteiros, contra-mão, valas etc)?

Cara, a pessoa simplesmente aceita o novo percurso, se adequa à realidade e segue, não é? Nem se pensa muito nisso.
Se for parar pra aplicar o conceito na vida, tudo se simplifica.
O garoto que perdeu o braço pro tigre no zoológico de Cascavel fez o que? Já começou a escrever com a mão esquerda, já tenta tomar banho sozinho. Ele vai ter que fazer isso um dia só, então pra que esperar? Do que adianta tentar fazer as coisas com o braço fantasma? Nada produtivo.
Ok ok, ele é uma pessoa excepcional. O DNA da resiliência.
Nós, pobres mortais, provavelmente ficaríamos dias, semanas chorando, sofrendo a perda do membro. Acho normal. Mas depois a vida segue, certo?
Então, porque a gente insiste em viver em realidades paralelas? Em caminhos que seriam naturais SE tal coisa não tivesse mudado o rumo? Mudou a coisa, mudou a estrada, mudou o rumo, nasce uma nova forma se de fazer a coisa.

Eu já fui magra, já fui muito obesa, já fui gordinha, já fui mais ou menos, já fui malhada, mas toda vez que fazia dieta, não importa quanto eu emagrecesse, nunca pensava ´que bom´, sempre pensava ´que droga, ainda falta tudo isso?´
Minha mente ficava numa realidade que existiu quando eu era adolescente.
Toda semana que ia na nutricionista e perdia 1 ou 2kg (maravilha!),eu não dava valor, aliás, me contrariava. Não via verdade no parabéns de ninguém. Era pouco, era devagar, era difícil. Tudo isso porque eu vivia no trajeto de magra (décadas atrás).
Fase da negação. Fase da revolta. Fase da barganha.
Mudar dói? Muitas vezes dói muito. Às vezes é alegria. E sempre implica em perdas e ganhos. E, recálculos de rota.
Ah mas eu não tinha hérnia na coluna. Ah mas eu tinha fôlego pra nadar, fazer volei, fazer balé, andar de bike. Ah, mas eu vestia roupas 44, 46. Ah meu joelho era tão bom que eu nem lembrava que tinha joelho.
Realidades passadas. Não dá pra viver a realidade de hoje, fazendo um paralelo eterno do que era, do que poderia ter sido. E pior, agir como se vivesse na realidade passada.
Claro que é importante refletir, lamentar, viver o luto, aprender e mudar ou melhorar algo, se possível. Só que sempre recalculando a rota.
Ok, eu tinha 109kg, botei o balão perdi 21kg, depois ganhei mais 10kg. Buá Buá Buá.
Acabou o BUÁ? Otimo.
Recalcula a rota.
Parte da realidade de hoje.
Tá pesando quanto?
Seu corpo, joelho, coluna aguenta o que?
Sua comida pode ser como?
Com quem vc pode contar?
E daí você parte.

Outra coisa, não dá pra se comparar com outras pessoas.
Como a Mimis, o cara da Dieta da Rede Social, a ex BBB Paulinha aqui e aqui. Eles tiveram inícios, trajetos e realidades diferentes da minha.


Paulinha


Se espelhar, se inspirar, discutir, ok, concordo. Mas não ficar na cola, fazer um decalque (alguém lembra o que é isso?)
A idéia da Dieta da Rede Social eu acho fantástica, mas acho mais fácil pra ele arranjar voluntários pois é homem (uma mulher sozinha, seria seguro nesse país?), pode se expor e é extrovertido.
A ex BBB Paulinha não tinha celulite, estrias e pochete como eu tenho (suponho que ela não tinha ou pelo menos não tanto)
A Michele Franzoni tinha a pele boa, como ela disse, e não precisou de lipo.
Não dá pra ficar só vendo o que eles têm de ´privilégio´. Todos sabemos, como é amplamente mostrado, o caminho árduo e merecido de todos eles e tantos outros. Se minhas condições são diferentes das deles, paciência, recalcula a rota.
Uma rota que seu veículo (corpo, mente, bolso, tempo) pode seguir e na velocidade dele.


Pra se inspirar