março 31, 2014

Dor desviada ou dor de viado





(nada de homofobia, gente!!!!)
Era assim que eu conhecia na infância essa dor que aparece embaixo da costela quando a gente faz esforço e ri ao menos tempo, ou fala muito.
Sabe quando a gente brincava de baleado na rua? Então...
Aliás, eu adorava. E era ótima!
Que saudade do tempo em que eu fazia balé, vôlei, nadava, andava a cidade toda.. tudo ao mesmo tempo. Nem percebia o esforço que era tudo isso. Muito bom mesmo.

Mas voltando...
Eu fui fazer o aquecimento na piscina (andar de frente, de costas e de lado) e a funcionária da minha sogra queria conversar. Daí, ficamos falando um pouco, rindo, até aí normal.
Quando parei, e fui efetivamente nadar, olha a tal da dor aí!
Fiquei primeiro puta da vida. Lógico.
Tinha ido até a casa da minha sogra num horário estratégico ( sem quase ninguém ), já tinha me contorcido pra entrar no maiô, já tinha enchido o cabelo de cloro, e não ia poder nadar direito?
Sacanagem!
Depois fiquei tentando entender o motivo da dor. Quais as explicações e o mais importante: como acabar com ela?
Tentei respirar fundo.Impossível. Vinha logo a pontada!
Fiquei fazendo bolhinha na borda da piscina ( lembra das aulinhas de natação?)
Fiquei boiando e vendo as nuvens.
Nada da dor passar. Só cedeu um pouco, é verdade.
Resolvi nadar mesmo assim, devagarzinho, pra não perder a viagem e o estímulo.
Nadei pouco e tal.
Paciência.
No dia seguinte quebrei outro paradigma: fui nadar mais tarde. O povo da casa já tinha chegado. Fiquei morta de vergonha mas só minha sogra (com quem me dou super bem) entrou na piscina. Foi bom vencer mais essa etapa.
Mas não deixo de odiar a idéia de alguém passar e ver minhas banhas e celulites balançando embaixo da água.

Depois disso só fui nadar hoje (de novo com minha sogra). Rendimento péssimo.
Pudera, continuo engordando né?




ENTÃAAAAAO!!! Ainda não falei...
Meu lance de comer tudo e tentar relaxar funciona em partes. O peso diminui e aumenta mas tou menos angustiada com algumas coisas.
Estar engordando, sentir as roupas me garroteando, sentir as pregas dos braços roçando nas pregas debaixo das axilas, sentir o pescoço tocando pelos lados, sentir as coxas embolando uma na outra.. Tudo isso me dá um quase pânico.
Por outro lado, é libertador não pensar ´vou comer logo tudo hoje porque amanhã começo a dieta´ e no dia seguinte não começar coisa nenhuma, ou começar o quebrar no almoço. Culpa culpa culpa.
Sei que a longo prazo minha estratégia dará certo (I HOPE!). Ouvir o corpo. Não me cobrar tanto. Relaxar.
O problema é que ainda insisto em comer quando percebo estar cheia, e bla bla bla. Sei como fazer, não faço.
Mas estou mais atenta. Creio que com o tempo irei me respeitar mais e tornar esse respeito algo natural.
Um exemplo foi hoje no mercado. Fui com uma vontade enorme de comprar Cheetos. Cheguei lá só tinha Doritos e Ruffles.
O que teria feito em outros tempos? Comprado um dos dois (ou os dois!), é claro !
Não, não comprei nenhum. Me respeitei.
É isso que quero.
Uma mudança mais profunda. Algo mais concreto.
Hoje na piscina, quando me senti cansada e indisposta, desejei estar melhor fisicamente. Desejei estar mais magra pela funcionalidade. Foi um querer diferente. Não sei explicar. Uma coisa mais ´normal´.

Vamos dizer que eu emagreça e fique com IMC correto (amém! amém!). E aí? Como vou manter?
Me privando a vida inteira? Sofrendo? Me sentindo limitada?
Pode ser viagem da minha cabeça. Pode ser que os benefícios de atingir a meta tão sonhada sirvam de combustível para essa manutenção.
Mas.... será?
E os altos índices de insucesso??? E porque sempre falam que emagrecer é fácil (hahaha), o difícil é manter?
Sei não...
Meu feeling agora é buscar algo mais profundo mesmo.
Enquanto isso, procurar relaxar, me distrair, quando comer algo, realmente saborear e aproveitar que quebrei o tabu da piscina!




março 24, 2014

A dieta do meu namorado

Meu namorado, que é magro, come absolutamente tudo, a qualquer hora, em qualquer lugar, em qualquer quantidade.
M-A-R-A-V-I-L-H-A
Paraíso não?
Ele consegue ter meia dúzia de pacotes de biscoitos abertos ao mesmo tempo pela metade (ou até mesmo com só um restando).
Ele come por amostragem. Um pouquinho de cada coisa. Chega a perder até a validade.
Ele varia bastante. Saboreia tudo.
No final das contas nem come tanto assim, se satisfazendo muito mais.
Acho que ele detém a sabedoria da alimentação.

Quem é gordo geralmente acha impossível abrir um pacote de qualquer coisa e não comer tudo.
É a lei do 8 ou 80. Tudo ou nada.
Tem mais: algumas vezes eu abro alguma comida e penso de forma até inconsciente :´amanhã começo a dieta então vou comer tudo agora pra depois não ter tentação´.
É claro que isso não vai dar certo,  né?
Uma vez eu li em algum lugar orientações sobre dieta dizendo algo assim:

Coma tudo que quiser, na quantidade que quiser. Mas só o que você realmente quiser

Será que tudo que eu como eu realmente quero? Será que estou ouvindo o meu corpo? Observando meu estômago satisfeito ou não? Confundindo sede com fome?
Gula tem tudo a ver com essa surdez.
Quantas e quantas vezes eu fui no mercado aqui perto e comprei bobagens por impulso (a maior derrota é ir com fome pras compras)? Quantas vezes acabei comendo tudo que comprei na intenção de, sei lá, dar conta de tudo? Acho que quem passa por isso vai me entender.
Quantas vezes terminei a comida toda do prato, mesmo satisfeita, só pra não deixar sobrando?
Multiplique isso por anos e dá muitos quilos a mais.

Meu namorado consegue deixar um pedaço de 3cm de qualquer coisa no prato.



- Ué amor, porque você não comeu isso?
- Porque não quero mais...

Simples assim...

Ele consegue guardar meia bolacha reacheada. É tão incrível ver aquele biscoito mordido e guardado pra depois...

O cúmulo foi quando encontrei meio brigadeiro na geladeira!!



Ele consegue avaliar o fim da fome de forma super precisa. Uma calibragem impressionante.
Ele deveria ser estudado. A verdadeira cura da obesidade.
Quando eu crescer quero ser assim !

Mesmo eu comendo pouco de cada vez (sou uma beliscadora, lembra?), acaba sendo mais do que poderia (ou precisaria). Quilos a menos, portanto.
E esse molhinho que fica no prato...? Ow meu Deus. Não consigo deixar. Meu prato sai tão limpo que a pessoa até fica na dúvida se tem que lavar ou não.




Ter um namorado assim é bom e ruim. Bom porque me inspira. E ruim porque imagine o tanto de tentações que tenho pela casa...

março 22, 2014

Agentes do Destino

Mudando de assunto:



Adorei !!
É ótimo ver um roteiro diferente do habitual.
Ótima mensagem.
Ótima Emily Blunt. Excelente Matt Damon.
Nas (poucas) cenas de dança....Ótima bailarina (que pernas!). Flexibilidade, força, leveza...



Eu simplesmente ADORO movimentos de corpo, as possibilidades que a anatomia permite. Fico encantada.
Quando penso em emagrecer, quando me sinto insatisfeita com meu corpo, é lógico que a estética tem um peso gigante. Mas a (falta de) funcionalidade é o principal.
Ver danças (etc) me deixa animada a me cuidar.

(viajei)

Voltando ao foco: super recomendo este filme!
Pra quem tem Netflix, corra! Já vai sair do catálogo nos próximos dias.

Serenidade

Minha personal deixou um plano de exercícios na água (aliás, meses atrás) e nunca tinha usado. Já vinha namorando a idéia de voltar pra piscina faz tempo mas como em dezembro fiz cirurgia de miopia (LASIK, que eu suuuuuuper recomendo) , precisava de 3 meses longe de piscina ou praia.
Enrola de um lado, enrola do outro, até que: 96kg na balança.
É né? Já deu.


Então ontem fui nadar pela segunda vez. No primeiro dia eu mais que fiquei sentindo a água novamente. Nadei um pouquinho. Fiz uns pedaços das séries da personal e pronto.
Só que ontem resolvi fazer a série toda.
Fiquei com tanta saudade da minha fisio!!! Ela é maravilhosa. Super atenta, amiga, capaz.



Daí, depois da série, nadei um pouco. Engoli água nadando de costas (que saudade que não tinha disso!) e achei super difícil andar na piscina ( de frente, de costas, de lado ) com o pé apoiado todo no chão. Mas foi uma delícia ficar boiando olhando as nuvens. Um silêncio enorme. E ainda tive companhia:



Uma dupla de lavandeiras ficou um tempão na borda fazendo uns rasantes pra beber água. Muito legal mesmo.
Depois fiquei ouvindo as cigarras. Quanto tempo que não prestava atenção nisso! Desde o tempo em que era escoteira (séc XX).

Eu não estou fazendo dieta. Aliás, estou comendo no que classifico nível muita besteira. E eu sempre fiquei naquela de se for fazer exercícios tem que fazer dieta, se for fazer dieta tem que fazer exercícios. 
No 8 ou 80.
Eu sou uma beliscadora. Sou super ansiosa por natureza. Somatizo um bocado. 
Nas épocas de mais ansiedade eu até que consigo fazer dieta perfeitamente por uns 15 dias, e depois vai por água a baixo com o famoso efeito sanfona. Pra ter uma ideia, em 6 semanas que estou em casa eu já fui de 92 para 95 para 91 para 97kg. Os fabricantes de cremes anti-flacidez agradecem.

Diz o ditado que burrice é fazer uma coisa do mesmo jeito e querer um resultado diferente.
Então resolvi só malhar e dane-se o que eu fosse comer. Já que tou engordando mesmo. #wtf 


Total descontrol.
Surpreendentemente (#sqn) eu tenho comido ligeiramente menos. Besteiras é claro. Não me privo de nada. Mas às vezes (bem às veeeeeeeeeezes) me pego pensando quando tou indo pra geladeira ´ah, não tou com fome não´ ou ´essa comida nem é tão gostosa assim´
E, pasmem, perdi 1kg em 3 dias, sendo 700g de gordura.
Vou por esse caminho agora. Buscar a normalidade, a serenidade. Fazer o que me dá prazer. Tendo essa recompensa, a comida vai perdendo espaço.
I hope. I believe.

março 20, 2014

Malhação

Hoje eu malhei.
Malhei bastante. Já comecei na hora de botar o maiô. Fiz uma série complexa de contorcionismos e alongamentos. Além de exercitar minha paciência.
É dose quando até aquele tecido de lycra que estiiiiiiiiiiiiiiiica é pequeno demais pra você...



E nem tudo que fica apertadinho parece tão bonito quanto na Paola Oliveira!

Mas enfim, lá vou eu num mergulho e resolvo já sair nadando peito.



Dei uma viajada e imaginei que tinha 10 anos e ainda fazia natação. Achei que era a época em que o meu professor ficava brigando pra eu sair do fundo da piscina (eu me achava a própria sereia, na concepção de uma criança da década de 80).
A viajada no tempo durou poucos minutos e foi quando comecei a sentir cãimbas e cansaço. Que beleza.
Não, eu não tinha mais a disposição, elasticidade e consciência corporal da infância. Eu tenho muito mais chão (ou água) pela frente do que imaginava. Vou ter que trabalhar muuuuuuuuuuuuito. Muito alongamento, muito condicionamento, muito fortalecimento, muita determinação.

Mas a grande vitória foi que venci um paradigma: colocar roupa de banho e entrar numa piscina depois de tantos anos. Há anos não vou à praia, digo, só de vez em quando de short e camiseta com um livro a tiracolo.
`Não, eu não gosto de sol. Vou ficar aqui na barraca mesmo´.
Cena clássica.

Já estive mais gorda e mais magra que hoje. Apesar do peso, já toquei minha vida e por causa do peso, já deixei de tocar também. Todo mundo sabe que tou assim. Não são 10kg a menos que vão me deixar confortável para usar um maiô. Então, quantos anos mais vou me privar de algo que adoro tanto esperando ficar ´apresentável´? Lembro que minha mãe tinha que me tirar das piscinas ou do mar já de mãos enrugadas e olhos vermelhos. Era uma paixão. Deixou de ser?
Quer saber?

Aderi ao app Foda-se. Conhece?


E agora? II

Minha vontade súbita de escrever aqui veio principalmente de uma angústia que venho sentindo há algumas semanas.
Situação é a seguinte:

1- Saí do emprego há 6 semanas
2- Parei personal
3- Parei analista
4- Demiti a empregada

Como saí do emprego e virei concurseira não é preciso ser muito brilhante pra chegar à essa equação:

Zero emprego + zero salário = corte de gastos

É uma decisão muito perigosa.
Ficar sozinha em casa, a geladeira ali... os armários ali... cheios de guloseimas (meu namorado é uma formiga pra doces), vários mercados aqui pertinho pertinho... Sem empregada pra cozinhar light... Somado á minha total falta de jeito com cozinha (odeio)... Sem personal.... Sem analista.... Sem sair muito... Sem hora pra dormir..Sem hora pra acordar...

Valendo uma viagem na máquina do tempo pra época onde você não tinha celulite nem peito caído e se achava feia !!!

Quem adivinha? Quem adivinha??

Tcham tcham tcham tcham !!!!!

96 lindos quilinhos....


E agora?




( respirando fuuuuuundo)

Ok Ok... Senta que lá vem a história!

10 dez 2012 - coloquei o balão intragástrico (108,9kg)
13 julho 2013 - retirei a querida Dona Redonda  (87,5kg)

Foram 21,4kg a menos. Gente, é uma criança grande. Tirei uma guria de 7 anos de idade de cima de mim!
Como o total a perder eram 40,9kg, (e não 41kg porque gordo que é gordo conta as gramas) eu tava carregando um adolescente espinhento de 1,51m pra lá e pra cá. Não era à toa o cansaço, a indisposição etc etc etc

Minha nutricionista disse que eu fui a primeira paciente dela a tirar o balão comportada. Porque cá entre nós, dá pra enganar o danado direitinho. E nem é só comendo de pouquinho em pouquinho não. Com o tempo dá pra ir aumentando o volume e comer praticamente o mesmo (de antes do balão). Eu sei disso na pele porque um dia meu namorado me viu comendo e, em toda sua calma, falou: ´o balão já era né? ´
Tá certo que eu não conseguia comer uma pizza inteira, mas já estava no meu espaço estomacal normal (280 a 320g) plus um balão de ar.
Daí veio um pânico: E agora??????????? Se eu dilatei meu estômago, então quando eu tirar esse treco eu vou ter mais fome do que antes dele?!! F*deu!
Por causa disso eu adiei a retirada ( eram 6 meses, que é a garantia que o fabricante dá ) em 1 mês. Nesse período fui me disciplinando e cheguei aos 87,5kg acima.
Portanto, foram 21,4 (ah 21,5kg, vai...) em 7 meses. Confesso que a grande perda foram nos 3 primeiros meses do balão. No tempo restante fiquei patinando entre manter e perder um pouquinho mais.

Depois de tirar o balão veio o grande problema da manutenção.
Dois desafios:
1 - manter a perda de 21,5kg
2- perder os 19,5kg restantes, e ainda por cima, manter também!

Poxa, e aquela estatística horrorosa de 60 a 80% de insucesso?? Nããããão. Pra mim não!!!
Gastei mais de 10 mil reais pra engordar de novo?? Não não não !

Resumindo uma longa história, eu consegui chegar a 86,5kg e depois quando saí da nutricionista (por muitas despesas e também pelo cansaço de ir lá toda semana) mantive entre 90 e 92kg por um bom tempo. Não era bem o que eu queria. Muito menos o que eu me cobrava. Mas vá lá. Tá bem melhor que 108,9, né?

I´m back

Então, hoje acordei com uma vontade súbita de escrever de novo. Arrumar os pensamentos. Nem lembrava mais o login e senha desse blog. Tive que futucar um monte de velharias para encontrar.
Relendo os meus poucos posts, revivi de uma certa forma aqueles dias pré/durante balão e lamento não ter escrito mais na época. Foram tantas coisas, tantos sentimentos, descobertas.
Paciência..
Algumas coisas daquele tempo eu ainda quero colocar aqui. Guardar os ensinamentos que tanto procurei pela internet antes de decidir colocar o balão intragástrico. Ensinamentos estes que fui adquirindo na marra. Tomando na cabeça.
E se de alguma forma isso puder ajudar alguém, já fico feliz.
Aliás, olhando as estatísticas de visualizações deste blog fiquei surpresa!!!! Pela completa falta de comentários nos posts achei que ninguém havia passado por aqui. Que era um blog virgem ! ahahaha

Em uma das minhas postagens me perguntei porque as pessoas abandonam seus blogs:

Será que os bem sucedidos querem guardar pra si esse tesouro? Será que muitos mudam tanto a vida que acabam por esquecer que um dia fizeram um blog e acabam deixando ele pra trás esquecido na poeira da web? Ou será que muitos se empolgam tanto, postam fotos, metas, vitórias, e depois acabam por fracassar e ficam com vergonha de dar a cara à tapa?


No meu caso foi pura preguiça.
Ahn, na verdade não é beeeeem assim. É que eu queria escrever tudo bem direitinho, com detalhes, com frequência e como isso não era possível eu ia deixando para depois. Sabe aquele ditado que diz ´o ótimo é inimigo do bom´? Pois é... Eu querendo fazer ótimo, não fazia nem o bom.
E mais uma vez: paciência..
Bora daqui pra frente!

Dona Redonda

(Resgatando esse blog depois de 1 ano achei esse rascunho prontinho e até agora não sei porque não postei na época. Pura distração, eu suponho. Foi escrito em 5 jan 2013.)




Se chama Helioscope.
Dizem as más línguas que tem uma camada de ouro dentro e apita no rx do aeroporto.
Dizem que não pode fazer mergulho a grandes pressões ou voar em aeronave despressurizada.
Pra mim é a Dona Redonda.

Nos conhecemos intimamente no dia 10 dez, após uma sedação profunda, em um procedimento de meia hora. Tava super calma. Tava feliz e tranquila.
Minha cunhada foi minha motorista, acompanhante, babá, amiga e anjo de guarda.
Saí bem da clínica. Sem vômitos, enjôos e sem dor.
Um grande peso no estômago. Sabe quando a pessoa se acaba na feijoada e a laranja é a culpada do empachamento? Bom, eu não sei, mas dizem que é a mesma sensação.
Eu sou uma gorda que não anda em doceria (nem sou fã de doces), não vai em rodízio de pizza, não toma refrigerante, não come carne, odeia comida oleosa e que quando vai no peso sempre leva de 280 a 320g.
Esquisito? Simmmmmm.
Eu sou uma beliscadora. Massa, adoro. Salgadinho, adoro.
Tem um Yokitos difícil de achar. Carinhosamente chamo de Yokitos roxo. São uns palitos de queijo nacho. Nossa! Minha perdição.



Sendo beliscadora, botando carboidrato e caloria vazia pra dentro, cheguei onde estava. No dia do procedimento: 108,9kg.
A sensação de estufamento, empachamento, plenitude exagerada, era algo muito estranho pra mim.
Mas tava preparada pra isso. Me agarrei na idéia de que tudo é adaptável pro ser humano e vivi um minuto de cada vez.
Às vezes eu olhava pra baixo pra ter certeza que o balão não estava fazendo um catombão na minha barriga. Meu Deus, literalmente engoli um boi! Com rabo, patas e chifres.
Respirar fundo, falar muito, movimentos bruscos, tudo incomodava.
Pra sair da clínica fizeram um teste com 50ml de água. hahahahaha Aquele copinhozinho de café me custou uns 6 goles pra dar conta de botar pra dentro. Tava muito mas muito cheia.
Fora esses incômodos, tudo ok.
Então fomos pra casa, ficamos conversando, programando o horário das medicações, as comidinhas. E eu pensando ´ah que moleza, tanta ansiedade pra nada, tou ótima, nem preciso de babá pra me fazer companhia´
.....


Mal sabia o que me esperava...